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Mercedes com motores ilegais faz recall de 774 mil automóveis

São oito os modelos da Mercedes equipados com motores ilegais

Mercedes com motores ilegais faz recall de 774 mil automóveis

Mercedes com motores ilegais faz recall de 774 mil automóveis. São oito os modelos da Mercedes equipados com motores ilegais.

A mercedes, no seguimento do processo relacionado com a fraude das emissões de gases, em que foi apanhada, chegou acordou com o Governo alemão e desse acordo resulta um recall de 774.000 veículos equipados com sistemas ilegais. Desses 774.000 automóveis, ainda não se sabe quantos estão em Portugal.

Em Portugal, o importador Oficial da Mercedes continua à espera de receber o número oficial de veículos ilegais. Para depois os chamar à oficina, no âmbito do recall europeu.

O recall europeu foi acordado entre a Daimler, o grupo que representa a Mercedes e Smart, e o ministro alemão dos Transportes, Andreas Scheuer.

O problema da manipulação das emissões

Em Portugal não se saber o número exato de veículos que se encontram equipados com este software. Mas sabe-se quais são os motores e os modelos que se encontram nestas condições.

A primeira viatura a ser detetada foi o Mercedes Vito, um furgão Classe V com motor turbo-diesel 1.600cc. A KBA, agência que regula os transportes na Alemanha, anunciou que nesta motorização foram utilizados cinco dispositivos para enganar os sistemas de medição das emissões nocivas.

Em termos de ilegalidade, os sistemas usados são como os que foram usados pela Volkswagen. Se os da Volkswagen, detectavam as condições típicas dos testes de homologação, os da Mercedes, cumpriam na perfeição durante a realização dos testes. Depois, passados alguns minutos, esses sistemas, que reduzem a poluição lançada para atmosfera, desligavam-se automaticamente. O sistema operava por duas razões. A primeira era para passar nos testes de homologação. A segunda era para que os clientes não fosses defraudados em matéria de capacidade de aceleração e de consumos.

O sistema que está protegido por Lei

Face aos factos aqui revelados, a Mercedes nunca se opôs. Antes pelo contrário, defende-se dizendo que a possibilidade de os sistemas se desligaram está prevista na Lei.

O facto é que se os sistemas, que controlam as emissões, estiverem desligados, os valores das emissões de gases nocivos largados para o meio ambiente disparam.

A KBA não só descobriu o uso do Software malicioso, como intentou uma acusação. Dieter Ziesche, CEO da Daimler, ripostou e reclamando da decisão deixou claro que iria recorrer à justiça para defender a sua posição. Este, assume que, apesar de ser reconhecidamente uma “habilidade”, o construtor só estava a explorar o lado cinzento da legislação.

No entanto, a posição do CEO da Daimler mudou, quando Andreas Scheuer, ministro alemão dos Transportes, o convocou para uma reunião no Ministério dos Transportes. Nessa reunião, Andreas Scheuer explicou-lhe que a lei permitia penalizar a Daimler em 5.000€ por cada veículo equipado com o Software fraudulento. Facto que ira expor o grupo alemão a uma penalidade de 3,75 mil milhões de euros.

Perante este cenário, Zietsche voltou atrás e admitiu ter celebrado um acordo secreto com o Estado. Ficou então decidido que iriam recolher 774.000 Mercedes com motor a gasóleo.

Quantos em Portugal e quais?

A Mercedes Portugal afirmou que ainda não detém informações suficientes para saber quantos são os veículos envolvidos. Mas, que ascenderão sempre a vários milhares.

O que se sabe é que são pelo menos dois os motores visados, designadamente o 1.600cc e o 2.200cc, ambos turbo-diesel.

Tendo em conta estas motorizações e os modelos comercializados em Portugal, parece-nos fácil determinar que, para além do Classe V, os restantes modelos poderão ser os pequenos CLA e Classe B, surgindo ainda a animar os Classe C e os Classe E.

Vamos aguardar por mais por mais informações e esperar que o Governo aja em conformidade. Ou seja, que sejam aplicadas as devidas penalizações, isto porque, se Portugal não cumprir com o Tratado de Kyoto tem de pagar as multas que nos são aplicadas. O mesmo terá de ser feito a quem nos faz não cumprir com as metas impostas por esse tratado.

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